
E Cazuza? Cazuza dizia: O tempo não pára. Não pára. Não, não pára.
Não pára, não é mesmo? Um tempo tão intenso. Não parou, mas ficou como o mais importante poster da estante. Tá lá. Brilhando como a música. Inesquecível como ela. Sempre vindo à tona. Sempre!
O Tempo Não Pára
Cazuza
Composição: Cazuza / Arnaldo Brandão
Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
2 comentários:
Chrys, foram belos tempos. Eu tinha um par de chinelo, um par de tenis e um par de sapatos. Fiquei um ano e meio fazendo do destino mais distante São Pedro d´Aldeia, nas aulas de modelagem com Mestre Zé do Barro. Andava daqui pra lá e de lá pra cá naquela bicicleta azul que mamãe trocou na rifa. E na companhia de Bandit e Marvin, que iam comigo à Praia do Forno pela trilha e voltávamos de carona... Não tinha celular, não tinha internet, nem mesmo canal fechado, não tinha um monte de coisas. Mas todas as coisas, que na verdade sabemos que não são simples coisas, estas sempre estavam lá.
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De um palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor Talvez possa espantar
As noites que eu não queira
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
E é pra ficar
Sei que o amor existe
Não sou mais triste
E a nova vida já vai chegar
E a solidão vai se acabar
E a solidão vai se acabar
Ei! Eu não coloquei bandit e Marvin aqui, mas eles estavam lá. Na verdade, bandit se foi logo depois de Cazuza, no barão Vermelho voador.
Obrigada pelo comentário. Amei e chorei.
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